15 abril 2014

Papo de câncer: Capim-limão resolve?

 Hoje dei um pulo no blog da Sônia Hirsch atrás das maravilhosas natubebices das quais sou praticante e fã. E encontrei lá esse texto sobre câncer e capim-limão. Não estou aqui para pregar curas milagrosas, mas não custa dar uma olhada... até porque, capim-limão é uma delícia e é calmante. Mal não faz. Mas leia... depois me conte.



Bebida de capim-limão provoca apoptose em células cancerosas. Definição de apoptose: um tipo de morte celular engendrado pela própria célula; um mecanismo suicida que permite ao organismo animal controlar o número de células e eliminar as que ameaçam sua sobrevivência.

Lindas fotos de moitas frondosas do nosso conhecido e delicioso capim-limão, capim-cidrão, capim-cidreira, capim-de-cheiro, do qual se faz um chazinho tão bom pra acalmar o espírito. E o texto contando que tudo começou quando pesquisadores da Universidade israelense Ben Gurion descobriram que o aroma cítrico em ervas como o capim-limão mata células cancerosas, in vitro, sem afetar as células saudáveis.  

Citral é o nome do componente que dá aroma e sabor de limão não só a esse capim (Cymbopogon citratus) como à melissa (Melissa officinalis) e à verbena (Verbena officinalis). Um chá com apenas um grama de capim-limão contém citral bastante para fazer as células cometerem suicídio no tubo de ensaio. O Professor Yakov Weinstein, da mesma Universidade, diz que o ideal para portadores de câncer é fazer uma infusão com a erva e tomar oito copos por dia. E não portadores podem tomar o chá preventivamente.

Bem. Como tudo o que chega pela internet pode ser qualquer coisa, inclusive mera especulação bem-intencionada que não leva a nada, fui pesquisar apoptose+câncer no google. E dei com estudos científicos brasileiros muito detalhados confirmando a história toda, a partir de outros testes em laboratório, não só in vitro como in vivo. Vejam só o que diz o médico e pesquisador biomolecular José de Felippe Junior aqui (resuminho abaixo):


- As limoninas, dentre elas o limoneno, são monoterpenos que possuem diversos efeitos farmacológicos, incluindo propriedades antitumorais. O álcool perílico é um membro da família dos monoterpenos, substâncias que estão naturalmente presentes em várias frutas e vegetais. Demonstrou-se que é citotóxico para uma grande variedade de células cancerosas tanto in vitro como in vivo, e trabalhos clínicos na FASE I apontam para sua utilidade em seres humanos. Ele é considerado o agente anticâncer mais potente entre os monoterpenos. É encontrado em grande quantidade em cerejas, alfazema (lavanda) , hortelã, sálvia, artemísia, cranberries, perilla (shissô), capim-santo (capim-limão), bergamota silvestre, folhas do gengibre, cominho-armênio e sementes de aipo. O álcool perílico inibe a carcinogênese, suprime a proliferação celular, aumenta drasticamente a apoptose tumoral e induz a diferenciação celular das células malignas in vitro e in vivo, provocando a regressão total de vários tipos de tumores em animais de experimentação, quase sem toxicidade.

Achei bacanérrimo, pra dizer o mínimo. Primeiro porque adoro capim-limão e ele dá à toa, é só enfiar o bulbo na terra; pode cortar que rebrota. Segundo porque meus gatos não só adoram comer as pontas das folhas como exigem duas vezes por dia sua dose de, agora eu sei, citral. Terceiro porque as cachorras também amam as folhas tenras, que consomem avidamente - mas elas são umas fito-sábias, também comem picão, erva-de-santa-maria, gervão, hibisco...

Por outro lado, sempre tenho muito receio de divulgar informes que dão margem a conclusões apressadas tipo "Viu? Capim-limão cura câncer!" Experiências de laboratório contemplam fatores isolados; células num tubo de ensaio ou ratinhos induzidos ao câncer não são pessoas de carne e osso que pensam, sentem, sofrem e têm esperança ou vontade de morrer. Além disso, muitas substâncias e práticas terapêuticas dão resultados na reversão do câncer. A própria dieta do dr Barcellos [esta eu posto outro dia], associada a uma vermifugação completa, faz estacionar e regredir tumores. Também existe a cura espontânea, muito mais frequente do que se imagina: a pessoa não faz nada e fica boa.

Sem falar que às vezes nem é câncer. Não há parte do corpo que não seja visitada ao menos uma vez na vida por algum parasita, diz um professor que entende disso. Veja a foto da larva saindo do seio da moça que estava sendo operada de um suposto câncer no hospital da Universidade de Tóquio, anos atrás. Uma cientista arrebatada, Hulda Clark, recentemente falecida, curou milhares de pessoas tratando de suas parasitoses. Dizia que só temos dois problemas de saúde: parasitas e toxinas. Como a lei não nos garante o direito a bons exames de fezes, somente aos medíocres que sempre dão negativo, muitos vivem anos a fio com sintomas incômodos e erráticos cuja origem permanece para sempre obscura. Sintomas físicos, psíquicos, comportamentais.

Fungos fazem massas muito semelhantes ao câncer e se comportam do mesmo modo, penetrando na circulação para brotar como metástase em outros lugares do corpo. Amebas dão origem à maior parte dos casos de câncer intestinal; mas também corroem tecidos no pulmão, nos ossos, no cérebro e nas juntas, deformando-as, disfarçadas de artrite reumatoide; fazem no fígado abscessos necrosantes que, à luz de tomografias e ressonâncias, parecem - e geralmente são diagnosticados como - câncer de fígado.

Tudo o que se refere ao câncer ainda é muito incerto, embora diagnósticos e tratamentos químio e radioterápicos estejam cada vez mais glamurizados e corriqueiros. Muitos pacientes não sobrevivem ao tratamento, outros ficam com sequelas por muito tempo, tem sorte quem se recupera em um ano. Tudo é caríssimo, donde lucrativíssimo. Por isso a saúde é subversiva: não dá lucro a ninguém.

Capim-limão não custa nada. Neste verão úmido, queimar suas folhas num braseiro ou mesmo na frigideira e defumar armários e cantos da casa acaba com ácaros e fungos.  A fumaça e o chá ajudam em resfriados, tosses e dores de garganta. O chá também acalenta o sono, desintoxica, tempera peixes, suaviza o mate amargo do chimarrão. Age sobre cólicas uterinas e intestinais. As folhas podem ser mastigadas para alcalinizar e perfumar a boca. E agora sabemos, provoca apoptose em células destrambelhadas.

Santo? Santo. 'Bora tomar o chá.
 

15 março 2014

O câncer adormecido. Cuidado para não acordá-lo.




O câncer adormecido


Todos nós temos um câncer adormecido dentro de nós. O que significa isso? Significa que nosso corpo produz diariamente células defeituosas que são detectadas e combatidas pelo nosso sistema imunológico. Quando esse sistema falha em detectá-las, elas viram tumores. 

A questão é: por que ocorre essa falha? Há duas situações aqui que precisam ser examinadas com cuidado. A primeira é a falha porque o sistema imunológico está em baixa, está fragilizado. A segunda é quando ele simplesmente não dá conta das células defeituosas em virtude da rapidez e virulência com que elas se manifestam.

Estilo de vida
No primeiro caso – o do sistema imunológico em baixa – devemos examinar o que causa esta deficiência. A imunodeficiência pode ser de origem primária ou secundária. A primária é geneticamente transmitida. A secundária é a adquirida: por vírus (como o HIV), pelo estresse, por traumas psicológicos, pela alimentação deficiente.

Então o quadro que temos hoje é o seguinte: o estilo de vida (principalmente o ocidental) e nosso meio ambiente não só aumentam a incidência de células cancerosas como afetam diretamente o funcionamento do sistema imunológico. Eles agem nos dois lados do processo. Não é de admirar que o índice de câncer tenha aumentado vertiginosamente nos últimos 50 anos.

Veja: a alimentação cada vez mais impregnada de produtos químicos, o fumo, o contato diário com aparelhos eletrônicos (como os celulares) e a presença  de inúmeras substâncias tóxicas no meio ambiente são responsáveis pela chamada “carcinogênese” (o surgimento das primeiras células cancerosas no organismo). Do outro lado, o estresse, a alimentação deficiente, doenças (como a Aids), medicamentos e o nosso funcionamento emocional etc. fragilizam o sistema imunológico. Quer dizer, o estilo de vida moderno tem um papel preponderante (embora não único) no aumento dos casos de câncer.

(Apenas uma observação: repare que a alimentação errada é uma das responsáveis tanto pelo aumento de células cancerosas quanto pela fragilização do sistema imunológico. Então nem é preciso argumentar muito em prol do cuidado com aquilo que colocamos dentro do nosso corpo.)

O aumento no número de casos de câncer nos últimos cinquenta anos é tão grande que já é considerado uma epidemia. (Tecnicamente, diz-se que uma doença é epidêmica quando há um aumento muito rápido no número de casos.)

Mas a melhor notícia é que você não precisa ficar passivo, torcendo para que a doença não apareça e confiando nos índices de sucesso dos tratamentos. Você tem o poder de agir para evitar a doença ou curá-la a partir de suas escolhas de vida.

Que atitudes você pode tomar em relação à sua alimentação? 





 

O que você pode fazer para reduzir o estresse? 




 



O que você pode fazer em relação às suas emoções?





 
Sabe quem é a pessoa mais importante na sua vida? Você! Então cuide-se. Assim você terá a chance de amar e cuidar dos outros!


13 fevereiro 2014

Henning Mankell: o diagnóstico de câncer e a espera



Em janeiro, o escritor Henning Mankell recebeu o diagnóstico de câncer no pescoço e em um pulmão. No primeiro depoimento de uma série ocasional ele descreve seu choque inicial e a agonia da espera pelo início do tratamento.


Após o diagnóstico de câncer, no início de janeiro, passei 10 dias numa descida ao inferno. Lembro-me desse tempo como uma névoa, um traumático tremor mental que ocasionalmente se transmutava em uma febre imaginária. Foram breves e claros momentos de desespero. E de toda resistência que minha força de vontade conseguia reunir.

Revendo esse período, hoje o vejo como um longo e prolongado pesadelo que não levava em conta se eu estava dormindo ou acordado.

Então comecei a sair do buraco. Acho que agora estou de volta ao nível do solo.
Sou um filho dos anos 1940. Acho que todos da minha geração associam o câncer automaticamente à morte. Mesmo sabendo, como outros sabem, que as pesquisas sobre o câncer tiveram um incrível desenvolvimento ao longo dos últimos 50 anos, e que o câncer já não indica o resultado inevitável, a velha concepção sem dúvida persiste em algum lugar dentro de mim.

Contra-ataco minha falta de conhecimento lendo tanto quanto posso a respeito. E não menos importante, ouvindo os médicos e o pessoal da enfermagem que atendem no Hospital Universitário Sahlgrenska, em Gotemburgo.

Um dia, Eva, minha esposa, disse: “Você deveria escrever sobre a espera. O diagnóstico de câncer e o tratamento envolvem espera. E isso é difícil para todos os envolvidos”.

Ela tinha razão, claro. Mas há um aspecto essencial nessa espera. Ela está atrelada a uma análise meticulosa, por parte de médicos, patologistas e outros profissionais da enfermagem, sobre o tipo exato de tumores que tenho e que tratamento pode ser o mais eficaz.

Quando converso com V., uma especialista em pulmão que estava na ativa 20 anos atrás, ela diz que, em comparação com as citotoxinas hoje disponíveis, que podem ser usadas mais ou menos sob medida para tratar tumores específicos, o que os pacientes tinham que suportar naquela época era puro veneno de rato”.

Essa espera pode ser difícil, às vezes insuportável, mas não há nada que se possa fazer a respeito. Ela é inevitável, desde que não haja gargalos que retardem desnecessariamente o processo de diagnóstico. Naturalmente, enquanto se espera, a pessoa sente-se completamente impotente.

No meu caso, os 10 ou 12 dias que se passaram enquanto eu aguardava foram preenchidos por um tipo muito especial de medo: eu tenho uma metástase em uma vértebra cervical. Será que ela tinha tido tempo de chegar ao meu cérebro? Se assim fosse, eu podia muito bem imaginar que a batalha tinha acabado antes mesmo de começar.

Quando Eva e eu nos sentamos com a Dra. M. e ela disse que não tinha encontrado nada no meu cérebro, esse foi um momento de grande libertação. Meu câncer continuava tão grave quanto antes, mas aquela espera – que às vezes tinha sido horrível tinha sido recompensada com uma notícia positiva. E eu sabia que os médicos e os outros profissionais tinham trabalhado o mais rápido que podiam.

Mas penso naqueles que não têm com quem partilhar a angústia associada à espera. Pessoas cuja aflição não é bem definida, e que podem ser forçadas a esperar por um tempo desnecessariamente longo antes que se chegue a um diagnóstico e o tratamento comece. Há também uma espera desnecessária dentro do tratamento oncológico em razão da falta de pessoal, da burocracia e das indecisões políticas. Sabemos disso.

Durante as últimas semanas, eu passei por um número infindável de clínicas no Hospital Sahlgrenska e só encontrei pessoas dedicadas, competentes e trabalhadoras. Algumas delas parecem não ter um único tempo livre. E todas parecem ser conduzidas pela determinação de reduzir o máximo possível o tempo de espera das pessoas. Mas não é preciso grande discernimento para perceber que há grandes problemas causados pela falta de pessoal. Nem vamos falar sobre a remuneração dessas pessoas.
No tratamento do câncer, as várias dimensões da espera nunca devem ser esquecidas. Estou convencido de que muitas pessoas sofrem desnecessariamente porque talvez nem saibam onde buscar apoio.

Agora, no início de fevereiro, faz mais ou menos um mês que meu câncer foi descoberto. Dentro de alguns dias meu tratamento vai começar, sem restrições.

Portanto, a primeira espera acabou. Agora começa o contra-ataque aos meus tumores. Para expandir a imagem militar, é como se a cavalaria fosse surgir de dentro da floresta e lançar um ataque total contra os inimigos que invadiram meu corpo.

Sou imensamente grato por isso estar acontecendo. E por ter passado tão rapidamente.
Quando revejo este mês, vejo imagens oscilantes de um grande número de pessoas. Médicos, enfermeiros e outros. Sem eles eu não estaria onde estou hoje.

Outro período de espera está começando agora. Mas, ao contrário de um mês atrás, hoje estou partindo para a ofensiva.

Fonte: The Guardian, 12 fev. 2014.
Traduzido do inglês pela equipe da Terra Firme – Traduções e Revisões

31 janeiro 2014

Dicas para pacientes em rádio ou quimioterapia

A quimioterapia é um tratamento que tem como objetivo eliminar células de crescimento rápido, mas ela acaba afetando células que são saudáveis. Entre essas células estão aquelas responsáveis pelas ações no trato digestivo, no sangue e as que fazem o cabelo crescer. Por isso, a quimioterapia pode acabar gerando queda de cabelo, feridas na boca, náusea, vômitos e dores.

Cada pessoa é uma pessoa; cada caso é um caso; cada organismo é um organismo. Por isso as reações à químio podem ser diferentes. Algumas pessoas têm muitas reações; outras têm algumas e há quem não tenha nenhuma. Isso se deve, também, à quantidade de quimioterápicos.

A duração dos efeitos também pode variar: muitos acabam junto com o ciclo da quimioterapia, outros podem levar meses ou anos para acabar. Alguns tipos de quimioterapias podem ter efeitos colaterais permanentes, afetando órgãos como o coração, fígado, pulmões, nervos e órgãos reprodutivos.

Por isso, ante de iniciar um tratamento quimioterápico, você deve conversar com seus médicos e se informar sobre quais reações são esperadas.

Para ajudá-lo a prevenir ou lidar com as reações à quimioterapia, aqui vão algumas dicas importantes, compiladas pela psicóloga Maria Isabel S. Trench, do Cora (Centro Oncológico de Recuperação e Apoio).



Alimentação
Uma nutrição bem equilibrada pode ajudar no sucesso do tratamento. Não vá à sessão de quimioterapia em jejum. Faça uma alimentação leve, com pouca gordura.

Faça refeições fracionadas, mas frequentes para ter sempre alguma coisa forrando o estômago. É uma forma de proteger a mucosa, que fica muito sensível com a quimioterapia e a radioterapia. O ideal é comer pequenas  quantidades a cada duas horas. Coma alimentos leves e de fácil digestão e sem temperos picantes. Reduza o sal, evite mostarda, molhos de tomate, pimentas etc.

Coma devagar, mastigando bem os alimentos, procurando manter-se relaxado e tranquilo durante as refeições para prevenir ou diminuir a distensão do esôfago e do estômago. Isso evitará complicações como gases, arrotos, azia, ardor etc. Não ingira grandes volumes de alimentos, pois isso provoca a distensão do estômago e pode provocar náuseas, vômitos ou dor.

No dia do tratamento e nos subsequentes, não ingira alimentos quentes. Os alimentos frios e gelados são mais indicados.


Líquidos

Aumente a ingestão de líquidos dois a três dias antes, no dia e nos dias seguintes à quimioterapia. Isso é importante não só para hidratar, mas também para ajudar na eliminação dos produtos de refugo das drogas que ficam no corpo e ajuda no processo de filtragem do sistema renal.

O ideal é tomar no mínimo 2 litros (mais ou menos 10 copos) por dia, mas o ideal são mais de 3 litros. Quando falamos em líquidos não estamos nos referindo somente a água, mas também a chás, sucos, sopas, gelatinas, pudins, mingaus, sorvetes etc.



Cuidados com a boca
Como a químio pode provocar aftas, os cuidados com a boca podem ajudar a evitá-las ou reduzi-las. 
Mais ou menos dois ou três dias antes de iniciar a quimioterapia, faça bochechos com água bicarbonatada (1 colher de chá para meio copo de água fria).


No dia da químio e após, a higiene bucal é indispensável. Faça bochechos com água filtrada e bicarbonatada ou com água e sal. Use sempre água fria.


Se a boca estiver irritada, não escove os dentes, pois a escova pode irritá-la ainda mais. Lave a boca com água bicarbonatada ou com uma mistura de água com água oxigenada 10 volumes (uma colher de chá para meio copo de água) pelo menos seis vezes ao dia.


Enrole um algodão em uma espátula, cabo de colher ou cotonete, molhe numa dessas soluções descritas acima e passe na gengiva, dentes e boca. Depois bocheche bem com uma desas soluções ou com água limpa e fria.


Não use pasta dental, pois elas são abrasivas.

Mel Rosa pode ser usado principalmente nos lábios ou Sepacaim Gel (utilizados em crianças), ou papa de Leite de Magnésia (aquela pasta que fica grudada na tampa do vidro).

Se ocorrer irritação na boca, reforce a alimentação com coalhada e iogurtes para impedir a infecção, que pode resultar da fermentação na boca. Use também ricota, queijo fresco e sucos de frutas não ácidas.

Sempre que comer doces, lave a boca e limpe as gengivas e os dentes com algodão molhado com água filtrada, para evitar a fermentação.

Não coma doces com o estômago vazio.

Náuseas

Se tiver náuseas ou vômitos, faça uma alimentação fracionada, em pequenos volumes. Tome líquidos, de preferência gelados ou frios.

Para náuseas contínuas, chupe bala de hortelã ou ingira chá de hortelã gelado ou Coca-Cola gelada, soda limonada gelada ou suco cítrico (limão, laranja azeda), cheirar limão ou maçã, ou deixá-la ao lado da cama. A náusea também melhora se você comer biscoitos ou torradas secos, bem mastigados, engolidos sem líquidos.

O olfato se altera com frequência após a sessão de quimioterapia. Geralmente fica bem aguçado. Evite alimentos ou bebidas com cheiro forte. Evite perfumes. Às vezes a náusea se deve aos odores, por isso evite produtos de limpeza com cheiros fortes. Evite comidas quentes e condimentadas. alimentos como queijo minas, sanduíches de ricota, frutas frescas e geladas, geralmente oferecem boa nutrição e são bem tolerados por terem aromas menos acentuados.

O paladar pode ficar alterado. Os alimentos podem adquirir gosto diferente. O que antes podia ser seu prato preferido pode adquirir um sabor indesejável, até aversivo. Tente outro tipo de alimento, que seja mais tolerável.

Vômitos

O vômito provoca perda de muito líquido. Por isso a dieta deve repor o líquido perdido para reidratar o organismo. Se o vômito persistir, recorra ao seu médico.

Durma após a sessão de quimioterapia e, ao acordar, coma: pipoca, biscoitos secos, ovos cozidos (duros), que podem impedir a náusea e o vômito. Nos intervalos, vá ingerindo líquidos, chás, água, sucos etc.

Em casos de vômitos, são aconselháveis os líquidos ou alimentos que contenham potássio: laranjada, suco de melancia, Coca-Cola. Se puder, coma banana assada ou cozida, batata assada ou na forma de purê - e tudo frio ou gelado.

Em caso de:

Diarreia - Coma arroz mole ou em papa, ovos cozidos, purês de batata ou cenoura, batata assada, maçã ralada, maçã cozida ou assada, banana cozida ou assada etc.

Prisão de ventre - Suco de ameixa, cereais naturais (gérmen de trigo, aveia, granola), frutas e vegetais crus, suco de beterraba com laranja.

Perda de peso - São bem indicados milk-shake, sorvetes, gérmen de trigo, gemada, queijos e dieta rica em hidrato de carbono.

Desidratação - Chupe gelo, cubos de gelo feitos com polpas de frutas ou suco de frutas frescas, sucos misturados com água, gelatina, sorvetes, iogurtes. Mas não deixe de procurar seu médico.

Perda de Apetite - Siga a orientação do seu médico ou nutricionista.

Abstenha-se de café e chás cafeinados e evite chocolate e bebidas alcoólicas durante todo o período de tratamento.




Fontes:
Hospital de câncer de Barretos. www.hcancerbarretos.com.br
Centro Oncológico de Recuperação e Apoio: www.coracentrooncologico.org.br

17 janeiro 2014

Começando a meditar

Agora que já desmistificamos a prática da meditação (A meditação e seus mitos), vamos praticar. Existem vários tipos de meditação, mas em geral seguimos uma base comum.

1. Postura
O mais importante aqui é que você se sinta confortável. Se estiver desconfortável, provavelmente não repetirá. Então se sente confortavelmente. Pode ser em uma cadeira, com os pés no chão. Pode ser sentado de pernas cruzadas. Pode ser ajoelhado, usando almofadas de meditação. O importante é manter a coluna ereta e, portanto, os chacras alinhados. Experimente e veja como se sente melhor.


2. Mãos
Você pode colocar as mãos sobre os joelhos, com as palmas para baixo ou para cima. Ou pode colocar uma mão sobre a outra, juntando os polegares. A postura das mãos é chamada de "mudras". Na imagem abaixo há algumas imagens. Veja com qual se sente melhor.



3. Olhos
Os olhos podem estar fechados ou semiabertos. Experimente as duas possibilidades e veja com qual mais se identifica.

Pronto. Você está posicionado e já pode começar.
Respire fundo, lentamente, e solte o ar delicadamente. Repita. A cada respiração profunda você sente a tensão do corpo começar a se dissolver. Foque na sua respiração. Observe-a, sem alterá-la intencionalmente. Apenas respire. Não se "esforce" para distanciar os pensamentos. Eles virão. Isso é natural. Apenas não embarque neles. Deixe que passem. Se perceber que pegou carona nos pensamentos, apenas volte a focar na respiração. Seja gentil consigo mesmo. Não se julgue por não conseguir afastar os pensamentos. Aceite e deixe passar. Assim… suavemente…

Se preferir, foque num mantra. Há vários mantras, propícios para diversos momentos. Comece com o So Hum [Eu sou]. Inspire no So, expire no Hum. Deixe que respiração e mantra se sincronizem.

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O tempo ideal de meditação são dois períodos de 20 minutos, um pela manhã, outro no início da noite. Mas isso não é obrigatório. Cinco minutos por dia são melhores que nada. Comece por pouco tempo e depois amplie.

“A paz vem de dentro. Não a procure fora.” (Buda)

Namastê 


Se quiser se aprofundar sobre a meditação, sugiro a leitura da Bíblia da Meditação.